Esse sábado seria só mais um sábado que eu estaria reclamando de ir trabalhar, acordei e pensei, “puts vou perder o meu sábado inteiro trabalhando ninguém merece!”.Teria que ir cobrir um evento, para ser mais precisa um ensaio de dança de cadeirantes.
Cheguei no local, e as pessoas estavam chegando aos poucos, a sua grande maioria crianças com paralisia cerebral, fiquei um pouco chocada e com dó, mas pensei comigo, nenhum ser humano é digno de dó, trate-os como se fossem normais.Mas o que seria normal?Não sei sinceramente o que é ser normal, porque depois daquele tempo em que convivi com aquelas pessoas elas se tornaram mais do que normais para mim tornaram-se especiais.Cada um delas com a sua história e seus problemas, mas problemas que para nós “normais” seriam imensos, os meus problemas se tornaram simples probleminhas perto deles.
Bom o ensaio começou com a professora de dança, Cinthia, um exemplo de pessoa, pedindo para orarmos um pai nosso independente de nossa religião, e ela começou com uma noticia triste, dizendo que duas garotas de 15 anos morreram atropeladas por um ônibus, mas terminou dizendo uma coisa que eu achei muito interessante, ela disse que elas tinham acabado de nascer, que nós estamos vivendo em uma grande barriga e elas haviam acabado de nascer.Sim nascer, para outro plano muito melhor do que aqui.
Começa o ensaio, eles dançavam, cantavam, ensaiavam como se aquele fosse o último dia de suas vidas. Estavam felizes.
Conheci um menino muito especial, chamado João, um menino com os seus 7 anos, lindo, inteligentíssimo e um detalhe hiperativo, não parava um minuto. João tem paralisia cerebral, mas por todas as suas qualidades esse problema se tornava pequeno, pelo menos para mim, que convivi com ele durante mais ou menos uma hora e meia.
Conversando com a mãe de uma menina do grupo dança adaptada, ela me disse que sua filha, uma negra linda, de cabelos trançados, não nasceu em uma cadeira de rodas, ela tinha 19 anos e havia acabado de ganhar uma bolsa para faculdade quando teve um reumatismo que não foi tratado corretamente por uma equipe médica e ela acabou ficando paraplégica. A mãe conta que a garota reagiu muito bem, não ficou revoltada, já para a mãe é um desafio, ela até hoje não consegue aceitar.
Havia muitas crianças, lindas e inteligentíssimas, que nasceram com paralisia e desde que se conhecem por gente andam em uma cadeira de rodas e nem por isso deixam de sorrir.
Depois desse dia, fiquei pensando, como os meus problemas e de pessoas ao meu redor são pequenos. Me senti muito mesquinha porque as vezes eu reclamo que não sou capaz de fazer meu TCC e outros trabalhos e penso em desistir da faculdade, me desespero, ai vi aquela cena, aquelas pessoas passando por dificuldades, mas acima de tudo superando essas dificuldades e dançando com uma baita sorrisão no rosto.Olhei para as mães felizes, em ver os filhos, apesar de tudo, apesar do esforço, sim porque é um esforço locomover aquelas crianças e jovens para cada aula, felizes e contentes e sentir que elas estão cumprindo a missão delas. A missão de amar incondicionalmente, independente de todas as dificuldades dos filhos. Vi o sorriso do João e pensei, como eu e muitos choramos por coisas banais, choramos por não ter algo, ou por não saber algo. É por isso que eu sempre falo, Deus dá obstáculos de acordo com o que nós conseguimos superar, eu, Thais, talvez não conseguisse superar o trauma de ficar em uma cadeira de rodas que nem a garota linda de 19 anos conseguiu.
Só sei que depois desse sábado, não vou dizer “ó minha vida mudou”, mas percebi que existem coisas fúteis com as quais eu me preocupo muito, mas que sim vou tentar deixar de me preocupar, assim como o tcc e trabalhos de faculdade, eu e muitos temos que dar graças a Deus que somos ‘”normais”(coloquei normais entre aspas de propósito, porque nós simples mortais que não temos problemões não somos normais. Somos pessoas que fazemos tempestade em copo d’água, isso é ser normal?Acho que não).
Confesso que a partir de sábado vou tentar me melhorar e tentar transformar os meus problemas pequenos em obstáculos que eu posso sim passar por cima e erguer a cabeça, seguir o exemplo do João, com um sorrisão lindo no rosto.
Cheguei no local, e as pessoas estavam chegando aos poucos, a sua grande maioria crianças com paralisia cerebral, fiquei um pouco chocada e com dó, mas pensei comigo, nenhum ser humano é digno de dó, trate-os como se fossem normais.Mas o que seria normal?Não sei sinceramente o que é ser normal, porque depois daquele tempo em que convivi com aquelas pessoas elas se tornaram mais do que normais para mim tornaram-se especiais.Cada um delas com a sua história e seus problemas, mas problemas que para nós “normais” seriam imensos, os meus problemas se tornaram simples probleminhas perto deles.
Bom o ensaio começou com a professora de dança, Cinthia, um exemplo de pessoa, pedindo para orarmos um pai nosso independente de nossa religião, e ela começou com uma noticia triste, dizendo que duas garotas de 15 anos morreram atropeladas por um ônibus, mas terminou dizendo uma coisa que eu achei muito interessante, ela disse que elas tinham acabado de nascer, que nós estamos vivendo em uma grande barriga e elas haviam acabado de nascer.Sim nascer, para outro plano muito melhor do que aqui.
Começa o ensaio, eles dançavam, cantavam, ensaiavam como se aquele fosse o último dia de suas vidas. Estavam felizes.
Conheci um menino muito especial, chamado João, um menino com os seus 7 anos, lindo, inteligentíssimo e um detalhe hiperativo, não parava um minuto. João tem paralisia cerebral, mas por todas as suas qualidades esse problema se tornava pequeno, pelo menos para mim, que convivi com ele durante mais ou menos uma hora e meia.
Conversando com a mãe de uma menina do grupo dança adaptada, ela me disse que sua filha, uma negra linda, de cabelos trançados, não nasceu em uma cadeira de rodas, ela tinha 19 anos e havia acabado de ganhar uma bolsa para faculdade quando teve um reumatismo que não foi tratado corretamente por uma equipe médica e ela acabou ficando paraplégica. A mãe conta que a garota reagiu muito bem, não ficou revoltada, já para a mãe é um desafio, ela até hoje não consegue aceitar.
Havia muitas crianças, lindas e inteligentíssimas, que nasceram com paralisia e desde que se conhecem por gente andam em uma cadeira de rodas e nem por isso deixam de sorrir.
Depois desse dia, fiquei pensando, como os meus problemas e de pessoas ao meu redor são pequenos. Me senti muito mesquinha porque as vezes eu reclamo que não sou capaz de fazer meu TCC e outros trabalhos e penso em desistir da faculdade, me desespero, ai vi aquela cena, aquelas pessoas passando por dificuldades, mas acima de tudo superando essas dificuldades e dançando com uma baita sorrisão no rosto.Olhei para as mães felizes, em ver os filhos, apesar de tudo, apesar do esforço, sim porque é um esforço locomover aquelas crianças e jovens para cada aula, felizes e contentes e sentir que elas estão cumprindo a missão delas. A missão de amar incondicionalmente, independente de todas as dificuldades dos filhos. Vi o sorriso do João e pensei, como eu e muitos choramos por coisas banais, choramos por não ter algo, ou por não saber algo. É por isso que eu sempre falo, Deus dá obstáculos de acordo com o que nós conseguimos superar, eu, Thais, talvez não conseguisse superar o trauma de ficar em uma cadeira de rodas que nem a garota linda de 19 anos conseguiu.
Só sei que depois desse sábado, não vou dizer “ó minha vida mudou”, mas percebi que existem coisas fúteis com as quais eu me preocupo muito, mas que sim vou tentar deixar de me preocupar, assim como o tcc e trabalhos de faculdade, eu e muitos temos que dar graças a Deus que somos ‘”normais”(coloquei normais entre aspas de propósito, porque nós simples mortais que não temos problemões não somos normais. Somos pessoas que fazemos tempestade em copo d’água, isso é ser normal?Acho que não).
Confesso que a partir de sábado vou tentar me melhorar e tentar transformar os meus problemas pequenos em obstáculos que eu posso sim passar por cima e erguer a cabeça, seguir o exemplo do João, com um sorrisão lindo no rosto.
Thais Ernandes
Um comentário:
EXCELENTE experiência hein Thata?
Fico feliz quando ouço, vejo, leio algo assim, realmente devemos valorizar mais o SER e não o TER, dar importância ao que tem (A VIDA) nada, nada vale mais do que as nossas vidas, nem roupas, viagens, perfumes, shows, dinheiro pode ocupar o valor que o ser humano deve ter para nós.
Vc vai longe garota, ja te falei isso e repito.
Postar um comentário